sábado, 25 de fevereiro de 2012

O MEDO DA TRANSFORMAÇÃO


Recebi esse texto de uma querida colega no dia em que assinei o documento que me faria mudar do querido trapézio no qual fiquei durante quase 10 anos da minha vida. Foi essencial....compartilho.

by Fernando Viana

Algumas vezes eu sinto que a minha vida é constituída por uma série de trapézios que balançam lentamente, e, ora eu estou pendurado em uma barra de trapézio balançando-me ou, por tênues momentos, me sinto cruzando os espaços vazios entre esses trapézios.

Na maioria do tempo, eu passo a minha vida sentado no conforto do meu trapézio querido do momento. Ele me conduz durante o seu pequeno balanço, ora para frente, ora para trás. Acredito, dessa forma, que controlo a minha vida. Assim, creio conhecer a grande maioria das perguntas certas, bem como algumas das respostas que eu julgo certas. Porém, apenas por um instante, eu me sinto feliz balançando-me... Então, eu olho à minha frente e, o que consigo ver? Vejo outra barra solitária de um trapézio balançando em minha direção.

Ela está vazia. E, dentro de mim, há um lugar que sabe  que aquela é uma nova barra de trapézio da minha vida... Ela representa o meu próximo passo, o meu crescimento interior, um novo sentido da minha vida, um novo desafio a enfrentar. E, no mais profundo do meu coração, eu sei que para o meu crescimento preciso dar o novo salto, desta barra que conheço e gosto tanto e que nela me balanço há tanto tempo, para uma nova barra que representa um novo começo.

Cada vez que isso me acontece, eu desejo no fundo do meu coração, que não precise aparecer outra barra à minha frente. Todavia, nesse meu lugar, acomodado e conhecido, eu sei que preciso dar o meu próximo salto e no tênue momento desse salto, enquanto cruzo o espaço e me jogo em direção à minha nova barra, sinto-me quase paralisado pelo terror. 

Tenho medo de não conseguir pegar a outra barra e de cair e me espatifar nas pedras do abismo da vida. Todavia, internamente, sei que consigo fazê-lo, que vou e preciso fazê-lo. Talvez, isso seja a essência daquilo que os místicos chamam de experiência da fé. Não há garantias, não existem redes de proteção, não existe nenhum lugar entre o vazio dos lugares.

No entanto, com certeza, a velha barra de trapézio é real, e o novo que está vindo em minha direção também é real. Mas, o que significa o vazio existente no meio? É justamente, a confusão, o medo, a desorientação que precisam ser afastados o mais rápido possível.

Eu tenho uma grande suspeita que a zona de transição é somente a única coisa real, e as barras são apenas ilusões que sonhamos existir para que preencham nossos vazios, onde a mudança real, o real crescimento interior acontece conosco.

Queira ou não o meu sentimento é verdadeiro, e é ele que me favorece com a certeza que as zonas de transição são lugares inexplicavelmente ricos.

Sim, mesmo com todo medo e pavor, e sentimentos incontrolados que geralmente acompanham as transições, são justamente esses momentos que fazem que nos sintamos vivos, apaixonados e com nossas vidas em expansão. E assim sendo, a transformação do medo pode não ter nada haver com fazer esse medo ir embora, mas apenas para dar permissão a nós mesmos em nos jogarmos na zona de transição entre os dois trapézios.

No entanto, se optarmos pelo caminho de modificarmos os nossos desejos para não sentirmos a necessidade de pular para a outra barra, estamos permitindo, a nós mesmos, escondermos das nossas vidas o único lugar no qual as mudanças realmente acontecem.

E...É somente tendo a coragem e a ousadia de nos jogarmos no vazio que poderemos, realmente, aprender a voar.

(The Essence Book of Days, Danaan Perry, trad e adp Sebastião Fernando Viana)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

SEPARAÇÃO

Alguém já percebeu que todo mundo tá se separando??!!!!! Encontro como uma amiga: - Me separei!. Liga para o amigo: - Tô separado!!. E assim vai: amigo, amiga, irmão, irmã, prim@, ti@, chefe....é demais, realmente o hit do momento.

Dá até pra fazer um batidão, ou melhor um literal pancadão: ""Separei ei ei ei ei... pq naum mais aguentei. O carinha eu troquei. bate..bate...spatuturutu... Ele pensava queu era ... o tambor do pancadão, daí eu caí foi fora antes de perder o chão...chãochão...... (kkkkkk, sem noção)

O que aconteceu com as pessoas? Maus escolhas ou menos tolerância? Tentei investigar: O que seria um bom motivo para separação? Nove entre dez resposta falavam em traição. TRAIÇÃO é a grande motivação para acabar com um relacionamento independentemente dos vínculos (tempo, filhos, recursos etc) que os formavam.

Então pensei: Deixar passar fome pode? Humilhar pode? Xingar pode? Bater pode?????? Anasale a voz e se imagine ouvindo o seguinte absurdo: Eu aguento tuuuuuuuuuudo, menos traição!! E, pasmem: eu realmente ouvi.
Aí você começa a se perguntar: O que é efetivamente traição? Então porrada pode?

Esse assunto é no mínimo polêmico e agora a Globo traz uma novela explorando a temática do amor doentio: "Tudo pode, menos traição, porque aquele ser me pertence, consequentemente a ele pertenço, e como bom objeto que sou, todo uso é perdoado, menos ser posto de lado".

A que ponto chegamos em matéria de amor próprio? Onde fica o lugar da família nessa relação? Transformaram um casamento numa sociedade empresarial, na qual existe um acionista majoritário e onde o objetivo é lucro: "Ele tem que me pagar os anos que perdi com ele" !!!!!!

Difícil conviver com isso. As pessoas tem sido objetivadas de várias maneiras e MEU é a palavra preferida de muitos que perderam a significância do NOSSO, do real viver em sociedade ou melhor dizendo: comunidade, onde todos somos apenas um.

FALANDO EM DESPEDIDA...

Essa é a palavra de ordem dessa semana. Duas amigas minhas foram aprovadas em concursos públicos e lá vem a despedida. É um momento interessante esse, no qual fica sempre a dúvida do sentimento que fala mais alto dentro da gente: Estouramos de felicidade pela conquista da pessoa querida, ou choramos de tristeza pela premente partida? 
Para mim é uma decisão crucial. Daquelas que lhe acusam ou lhe absorvem do sentimento humano mais comum e pouco nobre entre nós: o egoísmo. Esse arrepio que dá na nuca toda vez que o que alguém ganha significa no mínimo que você vai perder alguma coisa, mesmo que seja o prazer de uma boa companhia. E peço aos hipócritas que nesse momento não se manifestem e terminem de ler para que entendam o que separa esse momento da verdadeira amizade: 
Todo amigo é um pouco egoísta com a sua perda, mas no final, aos verdadeiros e queridos, o que importa é que a alegria da conquista alcançada transforma qualquer perda em algo meramente insignificante, porque isso é a essência do amor: ser feliz com a felicidade de quem se ama e amar a felicidade de quem é feliz.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

FINALMENTE COMEÇANDO...

Criei esse blog com a finalidade de compartilhar coisas do cotidiano, pensamentos, acontecimentos, situações inusitadas, tristezas e alegrias, ou seja, aquelas coisas que a gente sempre tem vontade de discutir com alguém e nem sempre tem esse alguém disponível para essa discussão.


Adiei, adiei, adiei, e adiei mais uma vez, porque nem sempre é fácil expor nossos pensamentos sem controle daqueles que estão se apropriando dos mesmos. Mas enfim venci a resistência e aqui vamos nós.


Espero que todos que acompanharem os posts enviados sintam-se a vontade para emitir opiniões e sugestões, assim como também não levem nada para vias pessoais, afinal, palavras são palavras, opiniões são apenas opiniões, e apenas os fatos são concretizados :)